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Veja quem perde e quem ganha com a alta do dólar

QUEM GANHA

Empresas exportadoras

A indústria que gasta em reais para produzir e vende em dólares é a que mais se beneficia com o avanço da moeda, explica o economista Jason Vieira. A lógica é simples: os preços dos produtos ficam mais competitivos lá fora e a margem de lucro sobe. “Os dois exportadores mais favorecidos no momento são os setores de carne e papel e celulose”, comenta o analista. As vendas das commodities brasileiras também melhoram, mesmo com a recente queda no preço de matérias-primas como o petróleo e o minério de ferro, que atingiu o menor valor em uma década.

Empresas que produzem e vendem no Brasil

A indústria nacional, especialmente a que não precisa importar matérias-primas, se fortalece porque fica mais competitiva frente aos produtos estrangeiros, que se tornam mais caros. Ela se beneficia com a queda nas vendas desses produtos e pode praticar preços mais altos no mercado interno.

Turismo nacional

Com os preços de passagens e a fatura do cartão de crédito em dólar, ficou mais caro viajar para o exterior. O salário do brasileiro, que continua o mesmo em reais, cabe mais nos destinos nacionais. O turista tem trocado a viagem que faria ao Caribe por uma praia no Nordeste. Assim, o dinheiro circula mais em hotéis, restaurantes, agências de turismo e empresas aéreas que operam voos domésticos. A vinda de turistas estrangeiros, atraídos pelo real mais baixo, também ajuda o turismo interno.

QUEM PERDE

Poder de compra do brasileiro

O avanço da moeda norte-americana é mais um ingrediente que eleva a inflação, que está bem acima do teto da meta (6,5%) em 12 meses. “A matriz de custos da indústria brasileira é toda dolarizada, e isso ajuda a pressionar a inflação com a alta da moeda”, conclui Vieira.

Indústria que importa peças e matéria-prima

Mesmo que a indústria produza para vender no mercado interno, muitos setores dependem de itens que são comprados na moeda norte-americana, o que encarece o custo de produção. Como efeito, isso obriga o produtor a elevar os preços para não ter perdas, o que também ajuda a pressionar a inflação.

Empresas com dívidas em dólar

Mesmo que muitas companhias sejam beneficiadas com a valorização da moeda norte-americana, quando maior for seu endividamento em moeda estrangeira, mais difícil será pagar sua dívida.

Turistas com viagem ao exterior

Os preços das passagens aéreas, dos hotéis e das compras do brasileiro lá fora ficam mais caros. A fatura do cartão de crédito ou pré-pago também aumenta, além da cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38% e incerteza da cotação a ser paga. Tanto que os gastos do brasileiro no exterior caíram 20,1% no primeiro semestre, frente ao mesmo período de 2014.

Produtos chineses

Para Jason Vieira, mesmo que a alta do dólar impacte nos preços dos produtos chineses, a relação custo/benefício ainda é alta frente aos produtos nacionais tributados.

Importadores

As empresas que importam produtos vão pagar mais por eles e, por consequência, esse custo precisa ser repassado para o consumidor. No entanto, com o real fraco os importados se tornam menos competitivos frente aos produtos nacionais. Assim, a margem de lucro dos importadores tende a cair quanto maior for a cotação da moeda norte-americana.

Fonte: G1 Economia
Foto: Divulgação

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