Clipping


Legislação


Nossos Associados

Clipping

Estudantes são premiados com foguete movido a vinagre e água

Projeto de alunos de Sorocaba usa material reciclável e "voa" 250 metros

As aulas de física não costumam ser as que mais atraem a atenção dos alunos do ensino médio. Porém, se aliar a elas a fabricação de foguetes, muitos estudantes – a maioria meninos – podem se dedicar aos estudos da disciplina a ponto de passarem a participar de campeonatos da área. Este foi o caso de um trio de alunos da Escola Municipal Leonor Pinto Thomaz, em Sorocaba (SP), que recentemente conquistou o segundo lugar em uma mostra nacional de foguetes.

Orientados pelo professor de física, Edvaldo Gonçalves Barbosa, que há 23 anos trabalha na escola de Sorocaba, o trio montou um foguete movido a vinagre, água e bicarbonato de sódio, e o inscreveu na Mostra Brasileira de Foguetes, realizada em outubro. O projeto acabou sendo um dos 57 selecionados para participar do campeonato, que foi realizado na Barra de Piraí (RJ) para onde estudantes e professores viajaram em busca do trófeu. Um vídeo mostra o lançamento do foguete que rendeu o segundo lugar aos estudantes.

A mostra, que reuniu estudantes do 1º ao 3º anos do ensino médio de escolas públicas e privadas, juntou projetos de foguete produzidos somente com material reciclável e que obtiveram alcances maiores ou iguais a 140 metros. "Nós fizemos um lançamento aqui em Sorocaba, gravamos um vídeo e enviamos na organização e assim fomos selecionados", explica Edvaldo.

O membro do grupo Luiz Augusto Gonçalves Queiroga, de 17 anos, confessa que nunca foi muito fã da disciplina, tanto que pretende prestar o vestibular para Direito neste ano. No entanto, ele conta que passou a se dedicar mais às aulas de física depois que teve a oportunidade de aprender e fabricar foguetes em sala de aula. "Eu nunca gostei de física. Só fiquei atraído mesmo pelo foguete", diz.

Já Leonardo Matheus, de 17 anos, e João Victor de Almeira Prado, de 16 anos, que compõem trio, afirmam que sempre gostaram de física e até pretendem seguir carreira na área. "Eu sempre gostei e quero entrar na Aeronáutica", garante João. "Eu ainda estou em dúvida para qual curso vou prestar, mas com certeza vai ser algo na área de exatas", comenta Leonardo.

O professor explica que a distância de voo de foguetes é medida perpendicularmente entre a linha de lançamento e a linha imaginária que passa pelo foguete e é paralela a linha de lançamento. Ainda segundo o professor, não foi medida a distância entre o ponto de lançamento e ponto de parada do foguete.

No dia do torneio, o trio conseguiu apresentar um foguete com um voo de alcance de 250 metros e, assim, conquistou o segundo lugar da competição. "Foi muito legal participar e ainda mais ganhar o prêmio. Ficamos entusiasmados e na expectativa de conseguir fabricar foguetes com alcances de voos maiores", conta Leonardo.

Produção do foguete

Os estudantes contam que a preparação para a competição teve início logo no primeiro semestre de aula, mas que para produzir, de fato, o foguete - que é feito somente com material reciclável -, eles não demoraram nem dois dias. “Usamos garrafas pet, aletas de papelão e pés de carteiras velhas para fazer o foguete. Só tivemos o gasto mesmo pra comprar parafusos, travas e molas", ressalta Leonardo.

O combustível utilizado foi vinagre, bicarbonato e água. “A água nós colocamos em uma bexiga para que não ocorresse o contato direto com o bicarbonato e o vinagre”, explica João Victor. Uma rolha com uma agulha foi colocada para furar a bexiga. “Dessa maneira tivemos uma reação melhor e liberando o CO2”, conclui o estudante.

A reação química que ocorre entre o vinagre (ácido acético) e o bicarbonato de sódio libera gás carbônico (CO2) com um progressivo aumento da pressão no interior da garrafa. A pressão aumenta a ponto de a rolha escapar e quando isso acontece, e a água e o ar são violentamente expulsos (ação) empurrando (reação) a garrafa na mesma direção e sentido oposto.

Durante os lançamentos testes, realizado no estacionamento do campus de uma universidade de Sorocaba, fora de horário de aula, os alunos foram a todo momento acompanhados pelo professor Edvaldo e, também, fizeram uso de equipamentos de proteção. "Eles usaram óculos, capa de chuva e até luvas para evitar qualquer tipo de acidente".

Além do alcance do foguete, a mostra também premiou os projetos que tiveram melhor acabamento; originalidade; aerodinâmica; tamanho das aletas; base (segurança, originalidade, robustez, manômetro, estabilidade, gatilho, válvula de aborto, etc) e apresentação da equipe. Porém, o trio de Sorocaba só foi premiado na categoria de maior alcance do foguete.

Fonte: http://g1.globo.com
http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2015/11/estudantes-sao-premiados-com-foguete-movido-vinagre-e-agua.html

Desenvolvido por:

Web e Ponto - Soluções Digitais